segunda-feira, 2 de março de 2009
Aconteceu num belo dia, quando ela acordara ás 5 horas da matina, sem sono, tranquila.

Abriu os olhos, sentiu o perfume que vinha do mar, a brisa refrescante e a textura da rede em que se encontrava deitada.

Viu o mundo diferente, com mais cores, e se perguntou de onde teriam surgido todas aquelas matizes, perfeitamente pintadas em uma aquarela real.

Sentiu-se leve, transparente, quase líquida. Era quase como se ela pudesse tocar o vento que atravessava cada poro de sua pele.

Estava tudo tão certo - certo DEMAIS - que havia alguma coisa errada.

Olhou para o passado, para trás. Para dentro de si mesma. Ela era incolor, mas o passado era algo muito distante dela, sobraram apenas resquícios, cicatrizes finas como pequenos arranhões.

Então ela percebeu.

Ela finalmente, estava LIVRE.

Livre das algemas e correntes que a aprisionavam a todo o sofrimento de um pretérito distante.

Os seus pensamentos também estavam límpidos, e seu coração não guardava rancor.

Como uma fênix, ela ressurgiu das cinzas.

Ela era uma pluma, repousando delicadamente no mar.

Levantou-se da rede, e foi até a praia. Neste dia, até os céus pareciam dar as boas vindas a ela.

Ah, o mar. O seu companheiro de sempre, o seu confidente.
Quantas lágrimas aquelas aguas sagradas não carregaram pra longe, quanta purificação aquele sal liquido nao lhe proporcionara.

Quantas surpresas ele não lhe trouxera...

Lembrou-se do dia anterior e sorriu enquanto as ondas se arrebentavam contra seu corpo.

O moreno que caminhara com ela pela areia da praia. A conversa que tiveram, as experiencias trocadas.

O olhar dele, olhando para o horizonte.

O jeito que balançava a cabeça, parecendo negar, quando ria.

Até mesmo a imensa franja de cílios que cobria seus olhos castanhos. Ela havia reparado naquele garoto, e por um momento, até cogitou que ele poderia ser seu, por uma noite, em algum Luau talvez.

Correndo no meio das pedras, abençoados pela luz da Lua Cheia refletida no seu Amigo Mar.

Sentiu um gosto salgado nos lábios e se perguntou se era do mar ou de seu pranto de alegria.

Qualquer que fosse o motivo, aquele sal purificava sua alma naquele momento.

Contou estrelas. Tocou a areia. Vislumbrou a paisagem como um cego que vê a luz pela primeira vez. E naquele instante sentiu o amor invadi-la. Amou aquilo tudo, como quem ama um pai ou uma mãe. Um amor puro. O amor Ágape dos gregos. Dos Deuses. De DEUS.

E quaisquer formas de amor que houvessem, viria Dele.

E se arriscaria, mergulharia de cabeça naquele mar de amor, mesmo sem saber nadar. Ela sabia que alguém iria salva-la, que alguém iria segurá-la quando ela não sentisse mais seus pés tocarem no fundo de pedras e areia.

E se por acaso não houvesse ninguém? Quem sabe num instinto de defesa, ela não aprendesse sozinha a emergir em meio aquela imensidão?

Ela correria o risco.

Mas o risco de deixar de amar para sempre, este, ela não mais correria.

A idiotice é vital para a felicidade

A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, porque fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse.Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente é ele, pobre dele! Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e ponto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselhos para tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? (Arnaldo Jabor)



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