sábado, 14 de março de 2009
Sete segundos. Sete segundos que pareceram uma eternidade. Que fizeram o mundo desmoronar e automaticamente se reconstruir. Que conseguiu violar a lei de Indestrutibilidade da Química. Que fez um mundo sem leis.
E tudo pareceu afogar-se em chamas, porque o calor do olhar dele era algo plasmático. Desorganização total de átomos, que pareceu desintegrá-la.
E ela correu, mas não conseguiu sair do lugar. E ela gritou, mas ninguém ouviu. E ela disse “eu te amo”, mas ele não percebeu.

Sua cintura queimava com a mão dele que pousava delicadamente sobre sua sutil curva. Ele era feito de fogo. Fogo que purificava, protegia, fogo-oferenda, que a fazia deusa e serva, divina e escrava. E esse fogo também era a seiva da vida, seu veneno, seu vício. Sem ele ela congelaria.

E foram sete segundos que seus olhares ficaram conectados, ele disse um ‘Oi’ e ela ficara hipnotizada. E quando ele passou, ela apenas balançou a cabeça em sinal de negação para organizar as ideias.

A vertigem do contato da pele dele com a dela passava aos poucos, e de sete segundos, tornou-se sete minutos de sinapse confusa. De sete minutos, partiu-se para 7 horas pensando nele. De sete horas, passou para sete noites sem dormir. E dessas sete noites, ela tentava perdoá-lo setenta vezes sete vezes. Perdão por algo que ela não conseguiu definir.

Os sete segundos foram eternamente rápidos demais para pensar nisso.

A idiotice é vital para a felicidade

A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, porque fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse.Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente é ele, pobre dele! Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e ponto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselhos para tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? (Arnaldo Jabor)



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