domingo, 8 de março de 2009
Sabe se lá como ela chegou em casa, o fato é que ela estava molhada e tremia como se o trincar de seus dentes fossem hélices de helicóptero.
E essa pode até ser uma analogia totalmente sem lógica, mas esse era o problema. Tudo estava sem lógica, sua vida estava sem lógica. Nada parecia se encaixar. E nas raras vezes que seu quebra-cabeças estava quase encontrando um encaixe, algo mudava todas as outras de lugar e partia a sua peça-quase-encaixada em pequenos pedaçinhos.
E talvez fosse por isso que ela não gostava de Matemática. Como entender que fórmulas e leis se equivaliam perfeitamente em seus livros sendo que na sua vida elas não valiam de nada?
E como resolver uma Equação Simples de Primeiro Grau, se ela tinha conhecimento de causa que 1 + 1 nem sempre eram 2?
Ela já havia colocado em evidência que estava em uma situação-problema muito complicada. Um trinômio quadrado perfeito, mas ela, infelizmente era o único termo que não possuía fator comum.
Passou a racionalizar seus pensamentos. Mas ele era a raiz de toda e qualquer questão e parecia não querer sair do seu coração denominador.
Começou a fatorá-lo e descobriu dízimas de razões para não amá-lo. Mas seus sentimentos não pertenciam ao conjunto Real, localizava-se nos Imaginários ou talvez fosse indeterminado como zero elevado a zero. A ordem de grandeza do que sentia era algo que não se podia colocar em notação científica.
Deus não estava ajudando a esquecê-lo. Será que Bhaskara o faria? E porque essa dimensão de números e conjuntos era ao mesmo tempo ridícula e fascinante? Era tão parecido com ele, menino racional, motivado pela mente e não pelos sentimentos e impulsos.
Por algum tempo, ela também gostaria de ser assim, seria tão mais fácil, machucaria menos. Ela não precisaria ver o sorriso dele todos os dias, e fingir que não queria-o apenas para si.
Despiu-se e foi para o banho. Deixou que uma água quentíssima batesse contra sua pele, e desejou que ela levasse consigo tudo o que sentia, já que a chuva não o fez.

Não levou.

Continuava ali, mais presente que nunca.

Só então ela passou uma borracha em tudo, e concluiu que amores, flores e blablabla estão acima das coisas deste mundo de cálculos e raciocínios. Não eram números. O que ela sentia era quase vivo e independente, que crescia e respirava.

Huumm… Já lhe contei porque ela odeia Biologia?
Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa, que se você for parar pra pensar, é na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho: chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas.Mas nem sempre precisamos das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor. A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é para na hora que vocês se encontrarem a entrega seja muito mais verdadeira.A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lagrimas, essa pessoa vai tirar seu sono, mas vai te dar em troca uma inesquecível noite de amor. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar toda a vida esperando você. A pessoa errada tem que aparecer para todo mundo, porque a vida não é certa, nada aqui é certo. O certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo amando, sorrindo, chorando, pensando, agindo, querendo e conseguindo. Só assim, é possível chegar aquele momento do dia em que a gente diz: "Graças a Deus, deu tudo certo!", quando na verdade, tudo o que Ele quer, é que a gente encontre a pessoa errada, Para que as coisas comecem a realmente funcionar direito prá gente.
Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.

Texto de Luís Fernando Veríssimo, que narra bastante do que eu tô passando nesses ultimos tempos. TIVE que postar. Beijos grande :*

A idiotice é vital para a felicidade

A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, porque fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse.Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente é ele, pobre dele! Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e ponto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselhos para tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? (Arnaldo Jabor)



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